20 de agosto de 2009

Amigas. E Mães

No café, Má e seu filho Roger, eu e Taly.

Maira: Então Nú, quando o fulano disse...
Roger: Mãe, o que é isso?
Maira: É um cachorrinho, filho
Nurit: E então?
Maira: Daí ele disse que iria...
Taly: Unhéé, unhéé
Nurit: Que foi amor, quer a chupeta?
Taly: Unhéééé
(empurrando carrinho)
Maira: que iria tentar de outra forma.
Nurit: Puxa, e...
Maira: Roger, volta aqui.
Nurit: ... e o que eu tinha para te dizer...
Maira: Roger, já aqui!
Nurit: era que preciso mudar, sabe?
Taly: Unhéé
Nurit: Quer mamar, filha?
(peitos para fora)
Taly: Glub, glub
Maira: Mudar como?
Nurit: Então, estava pensando...
Maira: Roger, já disse filho! Vem ver o livrinho que a mamãe trouxe
Roger: Quero pão de queijo
Maira: Vou pedir
Nurit: Pede uma água?
Maira: ... e então Nú?
Nurit: Putz, preciso ir para chegar a tempo de pegar a empregada em casa
Maira: OK, eu também
Nurit: Estava ótimo nosso papo. Quem sabe continuamos por e-mail mais tarde?
Maira: Até por fax seria mais fácil!

Vida de mãe...

10 de agosto de 2009

Um sábado, um café e um outro eu

Sábado a geladeira estava em crise existencial, caracterizada por um imenso vazio interior. Oba, oba, oba, vou ao super. Marido se ofereceu para as compras e eu quase implorando "não, deixa que eu vou, em nome da sanidade mental da sua esposa".
Dei de mamar e sai correndo, para que desse tempo de fazer tudo. Chovia torrencialmente, mas entrei no meu carrinho, que nem lembrava mais de mim, liguei o rádio com música de adulto, alta e saí dirigindo feliz e contente, como se o dia estivesse ensolarado e eu, a caminho da praia.
No meio da estrada o primeiro sinal. Saudade da filhota. Não, Nurit, força, você está indo de encontro ao mundo.
Paro num café, sozinha e feliz. Peço um descafeinado e saboreio como nos velhos tempos, pequenos prazeres, a la Amélie Poulain. Depois um sanduiche de palmito (amamentar dá uma fome assustadora) e mais um descafeinado. Já me sinto outra, renovada como se tivesse me dado ao luxo de massagens e tratamentos faciais com pepinos nos olhos.
Rumo em direção ao super. L-o-t-a-d-o. Saudades de planejar os cardápios com as frutas e legumes da estação (ou, considerando que moro em Porto Alegre, com o que dou a sorte de encontrar nas gôndolas), mas nenhuma saudade do bate-bate de carrinhos. Faltando uma hora para a mamada, o coração começa a disparar. Pego o que falta e saio correndo. Na estrada, nada de música de adulto. Beatles for babies. E leite descendo. E saudades da filhota. E a certeza de que a vida nunca será mais a mesma, pois sozinha, eu não me sinto mais completa.

4 de agosto de 2009

Não tem preço

- Ver sua filha chorando no colo de alguém, pegá-la nos braços e ela imediatamente parar de chorar (vai dizer que não é bom?!);

- O sorriso dela quando você chega para "salvá-la da fome";

- As gargalhadas para seus amigos do móbile ou sua amiga sorridente Julia (a boneca);

- Sentir a respiraçãozinha ofegante quando ela dorme no seu ombro, esperando o arroto que não vem (mesmo que seja de madrugada);

- As perninhas batendo na água na hora do banho. E ver aquelas coxinhas com dobrinhas. Ui.

3 de agosto de 2009

A opinião não é só minha.

Quando se tem filhos pequenos, pela impossibilidade de sair de casa (êta gripe suína), uma simples ida ao supermercado é a Disney. Um pulinho na farmácia, programão. Fazer a mão então é a glória!

Mas o pior, é que antes de dar as 'três horas antes da próxima mamada', a gente já está morrendo de saudades das nossas coisinhas e voltamos correndo para casa. Até o próximo 'programão'